Passado, Presente e Futuro

Nada mais permanente que a mudança. (Heráclito-Século VI a.C.)

Curiosidade: Houve um encontro em São Paulo bem interessante. O objetivo dos participantes era analisar as leis desatualizadas e que ainda estão vigentes no Brasil. Eis alguns exemplos: tem uma lei em vigor que proíbe o tráfego de gado na avenida Paulista . Outra lei é a que regulamenta a profissão de cocheiro, motorneiro e tocador de carro de bois em São Paulo. Mas as campeãs para mim foram duas: uma lei que obriga os donos de carros de bois a engraxarem as rodas para não fazer barulho, e a punição era uma multa de 55 mil réis ou um dia de prisão. E agora pasmem: tem uma lei em São Paulo, vigente, que proíbe que crianças acompanhem cadáveres até o cemitério.

Reflexão: Há 65 anos os americanos destruíram Hiroshima. Alegaram que tinham que soltar a bomba atômica porque o Japão era uma ameaça. Na verdade a guerra já estava ganha. O Japão já estava de joelhos dobrados. A intenção dos EUA era intimidar a União Soviética e começar ao que se deu o nome de guerra fria. E de lá para cá os EUA se tornaram especialistas nisso: guerra! Foi assim com Vietnã, Iraque, etc, e sempre esteve por trás da situação entre Israel e Líbano. Só na América Latina os EUA tem 11.000 bombas espalhadas. O holocausto é muito comentado, mas se esquece que só em Hiroshima 200.000 pessoas morreram. O curioso é que o avião que soltou a bomba atômica tinha o nome Enola Gay escrito na fuselagem, homenageando a mãe do piloto. Sob a benção da mãe do piloto, o avião pariu a bomba que matou mais de 40.000 crianças em 15 segundos. É o modo americano de matar, com reconhecida capacidade técnica, o que fazem os americanos se sentirem o orgulho da humanidade.

Diário de Viagem: Trabalhamos por diversas vezes na região do meio oeste catarinense, inclusive na região conhecida como a Rota da Amizade. Nossas viagens são sempre de trabalho, mas quando dá a gente coloca um pouco de gastronomia. Em Joaçaba degustei pela primeira vez o "porco a paraguaia", num convite gentil da Carboni Veículos, e em Pinheiro Preto conheci a graspa, uma aguardente feita de uva, muito forte, depois do segundo gole fica difícil de acertar a porta de saída. Porém foi em Fraiburgo que tive mais um aprendizado na minha carreira. Conheci o sr. Aibe, dono do restaurante Midori, nome dado em homenagem a sua mãe, mas que em japonês quer dizer cor verde, ou natureza. Foi lá, a beira do lago, e cercado de sakurás floridas (cerejeiras japonesas) que escutei sua história, enquanto degustava uma truta com amêndoas. O sr. Aibe era executivo de uma grande empresa na área de agroquímicos em São Paulo, e quando se casou chegou a conclusão que a capital paulista não era o local ideal para criar os filhos que o casal viesse a ter. Rompeu com o passado, comprou uma área de quatro hectares de mato, foi parceiro com a natureza e hoje vive com qualidade de vida. Talvez alguém possa imaginar seu Aibe num estado de letargia, curtindo a natureza: ledo engano! Além de administrar e atender pessoalmente no belo restaurante a beira do lago, é professor de tênis (construiu uma quadra ao lado) e quando o encontrei estava fazendo sua segunda faculdade. O sr Aibe continua executivo, só que agora longe da violência e com qualidade de vida!

Nosso Recado: Em minhas palestras de Motivação costumo salientar que estamos vivendo o maior momento de transição da humanidade. As estatísticas dizem que houve mais mudanças nos últimos 40 anos do que nos 1950 anos anteriores somados. Quando dois suíços inventaram o relógio a pilha, as próprias empresas suíças se recusaram a aceitar esta mudança. Então as empresas japonesas, que possuíam apenas 2% do mercado mundial contra mais de 90% dos suíços, compraram a idéia. O resultado é que em menos de dez anos 65.000 relojoeiros suíços tinham sido demitidos, e a Suíça ficou com menos de 10% do mercado mundial de relógios. Os paradigmas mudam, é preciso estar atentos aos recados que a vida dá. Hoje de cada 3.000 formandos numa universidade, somente 400 conseguirão emprego na área que estão se formando. Aceitar e ser aliado das mudanças, este o recado que o mercado está mandando.

 

 

 
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