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Em reunião realizada no dia 22 de abril, às 14 horas, junto ao Poliesportivo, surgiu a idéia de se organizar uma caminhada e uma reunião ou ação no parque de Exposições, cujos objetivos eram sensibilizar, despertar, motivar a comunidade taperense para futuras ações conjuntas. O grupo sugeriu que se convidassem diferentes segmentos da sociedade para participar da reunião de planejamento dessas ações. Assim no dia 6 de maio, em, reunião, ficou definido com o grupo presente que se faria a caminhada na Avenida XV de Novembro, com saída da Praça Central, às 14 horas com destino ao parque de Exposições, onde aconteceria o ato público. Esta manifestação teria o objetivo de buscar sensibilizar a comunidade presente para as atuais necessidades e potencialidades pertinentes ao Meio Ambiente. No dia 3 de junho de 2006, aconteceu em Tapera, na Avenida XV de Novembro a caminhada pelo Meio Ambiente, onde estiveram presentes associados da Ong “ Planeta Cara Limpa”, EMATER, integrantes do Seminário Sagrado Coração de Jesus, Departamento de Meio Ambiente do Município, Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Costa e Silva e Grêmio Estudantil, vereadores, empresários, crianças, jovens e adultos, meios de comunicação. Primeiramente a diretora executiva da Ong “Planeta Cara Limpa” Neiva Maria Lavall agradeceu a todos os integrantes que aceitaram o desafio em participar da caminhada e do ato público. Foi uma grande satisfação reunir as pessoas para a realização deste ato público, cujo objetivo é sensibilizar, motivar e despertar a comunidade em geral. Despertar para que percebam e compreendam o atual contexto em que se encontra o Meio Ambiente, suas necessidades , problemáticas e possibilidades de novas ações que venham se somar de forma individual e coletiva buscando o desenvolvimento sustentável. Sabe-se que todas as formas de vida merecem o nosso respeito. O nosso compromisso vem aumentando o cada dia que passa pelas condições em que se encontra o meio ambiente. É preciso buscar a sua preservação, pois somos totalmente dependentes destas condições, o que nos faz refletir ainda mais a respeito de nossas responsabilidades com a exploração dos recursos naturais, a preservação da qualidade das águas, dos solos e das diferentes espécies de vida. Nesse contexto, o ser humano, é o principal agente de transformação. Ser agente, ser sujeito é garantir as futuras gerações condições de perpetuação das diferentes espécies no grande ciclo da vida. Osvaldo Henrich Filho foi o primeiro integrante a se manifestar. Disse que o movimento é simples, como grupo de pessoas preocupadas com as questões do meio ambiente. Contou que “Carlos Dariel” teve uma atitude muito corajosa na época de repressão, nos anos 70. Época que Porto Alegre passava por transformações para a construção de viadutos. Era preciso derrubar uma fileira de árvores próximo ao local. Então, ele subiu em uma árvore e permaneceu lá por 10 horas, até que o prefeito foi falar com ele, garantindo-lhe que essas árvores não seriam derrubadas. Até hoje as árvores ainda se encontram naquele local. Recentemente ele recebeu o título de Cidadão Honorário e será sempre lembrado por esta atitude. Isto nos mostra que pequenas atitudes como esta caminhada são muito significativas, principalmente pela presença de jovens. A humanidade está entrando numa fase em que é preciso repensar suas atitudes, pois elas interferem diretamente na sobrevivência, é inevitável. Caso isso ocorra, haverá o fim da própria espécie humana como um todo. Dois países vivem o caos: a China e o Haiti devido a poluição da água e do ar estão vivendo dos recursos naturais que o restante do mundo está oferecendo, eles ocupam e cultivam toda a terra. No Brasil, com toda área que possui, o homem ainda tem condições de viver harmonicamente com a natureza. Na atualidade, só há um jeito, o homem precisa preservar a natureza e lembrar aos jovens que o mundo é mais deles do que nosso. Na seqüência, o senhor Gilson Meber representante do Departamento Municipal de Meio Ambiente comentou que a atitude do “Dariel” foi um marco na defesa do meio ambiente e que hoje, a legislação dá credibilidade às ações dos movimentos, instituições, das Ongs, das secretarias que estão ligadas ao meio ambiente. É preciso nos alertar-mos de que não devemos transferir responsabilidades para as futuras gerações, precisamos consertar o que nós mesmos fazemos de errado. À medida que nós usufruímos de recursos naturais, nos remete para uma ação com responsabilidade, para o momento, com a natureza. Não delegando responsabilidade às futuras gerações, sendo que nós somos os responsáveis imediatos. Ainda temos tempo para fazermos alguma “coisa”, com ações dentro de casa, voltando a usar embalagens de vidro, deixando de consumir produtos que contem CFC (cloro-flúor-carbono), spray, separar o lixo, poupar água, estamos com quebra na produção agrícola por causa da seca. Devemos arrumar a nossa casa, para depois arrumar a cidade, o estado, o país. Como conseqüência do desmatamento temos a diminuição da capacidade dos rios de armazenamento de água, o que atinge diretamente o desenvolvimento econômico como um todo, por isso requer atitudes de economia de água e energia. O meio ambiente deve ser lembrado nos 365 dias do ano e não somente no dia 5 de junho. A senhora Ana Cassol destacou que na atualidade a humanidade caminha par um beco sem saída. Acredita-se que em 100 anos não haverá no planeta reservas de ar puro, fontes de água, recursos suficientes para alimentar, aquecer a população, terras para agricultura suficiente para a preservação da vida. Nesse contexto, todos devem defender e divulgar a ideologia do consumo consciente, ou seja, escolha equilibrada entre o consumo e a sustentabilidade do planeta. Para tanto é preciso refletir sobre o impacto de suas ações sobre a economia, sociedade e meio ambiente toda vez que usufrui dos recursos existentes. Ser um consumidor consciente implica estar envolvido em ações do dia-a-dia, é questão de cidadania, é perceber o poder de transformação em suas mãos. É preciso estar atento as empresas que vendem produtos, serviços socialmente responsáveis, respeitando e dando algo em troca, sociedade x meio ambiente. Indústrias que evitam a poluição do ar e da água. Empresas que usam madeira de reflorestamento, próprias para exploração. Importante é que todos façam a sua pequena parte diariamente, o resultado é um mundo melhor para todos. Pequenos gestos que produzem grandes transformações. É um por todos, todos por todos. É preciso caminhar na direção da sustentabilidade, para que toda sociedade possa consumir, sem consumir o mundo em que vive. Sirlei Debiasi ressaltou que qualquer “coisa” é valida. Este momento é ímpar, para dizer o quanto é importante que as pessoas pensem em ações concretas para salvar a mãe Terra, porque do contrário seus filhos perecerão. Um dos seminaristas acrescentou que este gesto bonito que se está fazendo hoje implica em tomar consciência de que o pouco que se tem é preciso cuidar, evitar o desperdício. Como proposta destacou: evitar o desperdício na hora do banho, reduzir o tempo para economizar, ao escovar os dentes, ao lavar a louça, ao separar as comidas, o que se pode guardar ou reutilizar novamente. Assim vamos tomar consciência do que é Meio Ambiente. Douglas Zanchin integrante do CLJ, diz, como entidade se percebe a importância de Meio Ambiente, alguns participam da ONG e como movimento precisam do que é melhor para seus integrantes, é importante as questões espirituais, mas também nos preocupamos com o Meio Ambiente. Percebe-se que está sendo bastante degradada a natureza. Em nosso meio se percebe muito lixo jogado e isto deve partir das pessoas, nós viemos aqui, usamos o parque e se deixa o lixo jogado. Podem-se praticar gestos simples, podemos em nossas casas separar o lixo, cuidar da nossa horta, do jardim, tudo muito simples, porém, deve-se começar por nós. Onde a nossa cidade pode ser muito melhor, um ambiente, uma natureza preservada. É com esta preocupação que nós nos fazemos presente neste movimento, com atitudes simples podemos ter uma natureza preservada e melhor, daqui para frente. Alcides Arnhold, Diretor do Departamento Municipal da Cultura, cumprimentou os presentes por este gesto e esta atividade que se realizaram. É uma semente que está sendo plantada, embora esta semente no solo seja enfraquecida pela maioria, quando se descuida do meio ambiente, assim mesmo, a semente vai teimar com certeza e vai germinar. A vida é importante, é interessante, é um dom, devemos vivê-la com uma boa qualidade de vida. E isto obviamente depende de nós. O objetivo inicial foi atingido, pois os presentes no Ato Público que fizeram uso da palavra traçaram um viés considerando as atuais necessidades, possibilidades do nosso contexto social, histórico, político, econômico e ambiental aliados ao objetivo que vislumbrava o sensibilizar, motivar e despertar a comunidade em geral para a realização de pequenas, porém, importantes e significativas ações individuais e coletivas que buscam o equilíbrio entre o consumo e a sustentabilidade do Planeta.
Neiva Maria Lavall ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL Vem agradecer a todos que apoiaram, colaboraram e participaram da Caminhada pelo Meio Ambiente, bem como,
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