Coluna - Vida Saudável! Há mais de 5000 anos o homem busca incessante o segredo da eterna juventude, algo que possa combater o envelhecimento, mantendo-o jovem e, um sonho, até eterno. Percorreu tantos caminhos, desde a feiticeira Medéia, passou pela “descoberta” da fonte da juventude em 700 AC, inspiração para nossas águas termais e minerais da atualidade; pelo elixir da longa vida e a pedra filosofal; pela alquimia, na Idade Média; pela gerocomia, ao beber o leite de jovens mancebas; por macerados de testículos de animais; pelos milagres do Lifetime; pela procaína; pela ortomolecular; pelas propriedades desintoxicantes do iogurte; pela melatonina, o hormônio do sono; e tantos outros. Todas frustradas promessas, sem resultados comprovados e sem base de evidência científica. Por outro lado, estamos cada vez mais longevos, dobramos a esperança de vida ao nascer nos últimos cem anos, conseqüência dos grandes avanços da medicina, da queda da fecundidade humana e da mortalidade infantil e dos incentivos à prevenção e promoção à saúde. O número de idosos no Brasil era de 3,2% da população, em 1900, passou a 9%, em 2000 e tem projeção para 16%, em 2025. Nossa expectativa de vida atual no RS é de 75 anos em média, infelizmente com apenas 60 anos com vida saudável. Muitas incapacidades cognitivas e físicas acompanham amiúde os anos finais da vida. Elas decorrem de eventos negativos na saúde ao longo da vida, que levam as doenças crônicas, que inabilitam em maior ou menor grau nossas atividades da vida diária. Um estudo de grupos internacionais, publicado em novembro de 2007 pela revista NATURE, intitulado 3-FOUR- 50, comprova em bases de evidências científicas sólidas que três fatores de risco – dieta inadequada, sedentarismo e tabagismo – têm grande impacto na geração das principais doenças não transmissíveis, ou seja, diabete, doença cardíaca, doença pulmonar e alguns tipos de câncer. Estas doenças causam 50% das mortes no mundo. A longevidade do ser humano está estreitamente ligada aos fatores: alimentar, exercício físico, psicológico, ambiente e genética. Está claro que o envelhecimento bem sucedido está ligado a muitos fatores evitáveis, de má vivência, como comer de maneira errada, ter uma vida sedentária e fumar. Evitar este status de má vivência, inerente a um comportamento de risco, é praticar prevenção primária, uma questão de atitude pessoal. Evidente que, na atualidade, todos os governos e muitos grupos médicos privados começam a investir pesadamente em medicina preventiva, com educação e promoção à saúde e preocupação com o meio ambiente. Países como o Japão, a França, a Islândia e outros são exemplos de longevidade apoiada em prevenção e promoção à saúde. Entretanto, os resultados positivos destas ações de saúde dependem de um envolvimento coletivo, uma consciência comunitária, de que um bom estilo de vida é o caminho a ser trilhado para a longevidade e uma velhice bem sucedida. A fonte da juventude tem endereço no caminho que leva à longevidade.
IBIRUBÁ TAPERA ESPUMOSO |
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