30 ANOS DEPOIS!
A propósito de toda essa discussão em torno da nova legislação ambiental, que deve entrar em vigor em dezembro deste ano, mas com grande possibilidades do prazo fatal ser prorrogrado por mais seis meses, para que os produtores tenham tempo de se legalizarem, me surge a lembrança do Natura - Movimento Taperense de Proteção à Natureza, que lançara a idéia de "REFLORESTAR AS MARGENS DO RIO COLORADO"
O Natura exisiu em Tapera na década de 70 e cujo trabalho de preservação ambiental durou cerca de 10 anos, talvez um pouco mais, e que acabou se esvasiando ante os protestos e a pressão daqueles que teimavam em desrespeitar as leis da natureza, provocando desmatamento urbano e rural sem o menor controle.
Lembro dos guardiões Euro Mombelli, Prego Henrich, Iedo Viero, Guto Salvadori, Zenide Theisen, entre outros que não lembro agora, que se reuniam todas as semanas na sala de jantas do Tenarião para discutir e deliberar sobre as questões relacionadas ao meio ambiente.
O movimento estava andando tão bem que surgiu a idéia de reflorestar as margens do Rio Colorado que vinha sofrendo um assoreamento sem prescedentes, fruto da inconsequência e da ignorância de produtores que só faltavam plantar dentro d'água, tamanha era a ganância por dinheiro. Desmatava-se ao bel prazer de cada um, e o Natura surgiu exatamente para frear a onda criminosa que estava se estabelecendo por aqui.
Pois quis a ironia do destino que 30 anos depois, surgisse uma legislação que obrigará os produtores que desmataram, a reflorestar e restaurar a mata ciliar. Claro que quem pagará a conta serão os filhos daqueles que teimaram em desmatar de forma desordenada.
E ao que tudo indica não vai adiantar o choro dos inconformados. As propriedades terão de ter um mínimo de cobertura florestal e quem não fizer isso vai pagar caro.
Eu, particularmente, acho que a lei como está vai inviabilizar a pequena propriedade e o meu receio é que engrosse o cinturão das cidades. As pequenas propriedades serão absorvidas pelas maiores e o resultado não será outro que não o aumento do êxodo rural.
É esperar para ver no que tudo isso vai dar. Eu temo pelo pior!
EM TEMPO: Buscando os arquivos, aproveito para corrigir a informação acima colocada sobre os integrantes do Natura, que além dos já citados, seriam mais estes: Franquelin Bierende, Carmem Sbabo, Armindo Pedro Rizzi, Romeu Klein, Arli Henrich, Anilda Keitel, entre outros.
postado por Leonardo Mayer @ 4.11.09
14 Comentários
14 Comentários:
A lei florestal resultou do decreto n 23793 de 1934.em 65 houve diversas inovaçoes (LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965,que Institui o novo Código Florestal. depois houve diversas alteraçoes como em 89, 2001, 2006, ...
cOMO VC pode ver essa lei nao é nova nao!!, É apenas + 1 q ficou no esquecimento, em nome do progresso da Nação Brasileira.
Todos sabemos que as pequenas propriedades, já não existem mais e os coitados dos pequenos não tem mais persistÊncia, sabemos que a grande maioria das pessoas com mais de 55 anos estão aposentados, e SOLITÁRIOS em suas casas, e dai não resta a alternativa, vou ir para CITADE, la tenho mais VICINHOS, E AMICOS, para conversar, e dai os filhos se livram em termos,... e eles não tem mais perspectivas de voltarem E dai é este o caminho, o novos tambem não tem perspectivas, com 5,10 ou 15 ha.,
O leite, o suinos, e as aves nem se fala, todos com investimento e custeio altissimo, inviáve?, Acho que sim sou o mini proprietário a coisa esta complicada temos que pagar para se manter nesta atividadade. Aquestão do meio ambiente em termos práticos e a longo prazo, me, desculpe reconhecido batalhador Nicolodi, estou contigo, mas é questão de amadurecer esta legisslação, está chegando de guela a baixo, vamos tentar rever nos seus escalões, o IRINEU, acredito e sei que esta fazendo sua parte. Aguaro.
Até
Seu imparcial, estou entre os outros citados, inclusive na linha de frente, porque dar nome apenas a 4 estas pessoas, e não investigat melhor quem deu de frente, e não é lembrado pessoalmente, devemos ficar só fofoqueando e não sendo lembrado pelos, feitos, não para a posterioridade, mas para o presente CAMPEIA NOS TEUS, SAUDOSOS, ARQUIVOS. e NÃO FAZ INJUSTIÇA.
Neste ramo de plantação e criação sou totalmente leigo porém, acompanho notícias de desmatamentos pelo mundo inteiro. Agora existem tantas evidências quanto aos erros inconscientes e conscientes do passado, que não se pode entender que alguém mesmo com prejuízos,não priorize imediatamente e permanentemente a questão ambiental que outra não é,do que uma questão de sobrevivência da humanidade.Sei que parece modismo escrever frases de efeito à respeito do meio ambiente mas,modismos são as enchentes, temporais, tornados, deslizamentos, granízos,milhares de fragelados e mortos entre a esmagadora maioria de pobres do mundo todo.Tais fenômenos quanto as suas voracidades eram rarissimos em outros tempos.Sinceramente. Desculpem-me se entro no assunto com total desconhecimento de causa sobre o códico florestal, mas me ocorre, que enquanto uma minoria poderosa decide se ajudam a recompor ou não o equilíbrio do planeta , o "resto" aguarda de olhos para céu os próximos movimentos de estertor da mãe natureza.
existem outras alternativas p o agricultor como fruticultura,Holericultura e outras mais so q aq nessa regiao a soja rende e nao precisa trabalhar tods os dias e dai doque vao sobreviver os bares ai tb vai ser outro problema.como q municipios como na serra q eh pedra e trabalho manual,turismo q da bastante serviço em manter a proprieddade p receber os visitantes estao bem.Existem alternativas mas tem q trabalhar. Gostaria q alguem fizesse o calculo de quantos dias por ano quem planta soja trabalha e quanto ganha?Precisamos de alimento aq na nossa regiao e quam ta produzindo isso tem q vim de ceasa q quando chega aq ou eh verde ou ja quase passando de maduro.
Leonardo, tem que mandar teus comentaristas pro MOBRAL ou passar no tradutor. Tá difícil entender o que esse povo quer dizer.
Uns usam vírgulas como se fosse sal grosso (atiram em todo o texto, outros usam da abreviatura como se fosse uma metralhadora.
Haja paciência!
Onde estava todo mundo quando o professor de português pregava na frente da sala de aula?
Não é questão de escrever corretamente (isso é uma formalidade, mas o que se pede é um mínimo de clareza no desenvolvimento da ideia.
porque nao plantar bambu na beira do rio? O reflorestamento pode ser sustentavel. O bambu cresce rapido e e usado ate para conter erosao. Pode ser feito piso de madeira, objetos de decoracao, moveis e outros objetos incriveis. Quem sabe daqui a 6 anos Tapera abre uma fabrica dessas?
Só assim pra viabilizar a pequena propriedade. O pequeno agricultor terá que mudar sua matriz produtiva e partir para a diversificação efetiva. É o que penso a respeito.
Tambem sou leiga no assunto reflorestamento,mas,o agricultor de Tapera é assim mesmo,só pensa em desmatar para plantar,sem pensar q mais tarde seus netos poderão não ter mais a linda e bela natureza,sem falar nas serias concequencia de um desmatamento para o meio ambiente.Nosso agricultor sinto muito,mas não planta nem mais o necessario para o seu consumo,pois tem tudo d mão beijada no supermercado,para q se matar para plantar,a alface,beterraba,cenoura etc...Para sobrar mais tempo para ficar sem fazer nada...Sei q no tempo d collheita e plantio e puxado mas e o tuco q trabalha 8 horas diarias para o sustento de sua familia?O agricultor vive reclamando de tudo mas sabe q chora d bariga cheia.....
Tuco... fazia horas não via esse termo... muito bom, muito bom mesmo.
O tuco, aqui em Tapera, continua em alta.
Continua trabalhando muito, ganhando pouco e não sendo respeitado (nem por sua força de trabalho).
Aí quando o tuco adoece é dispensado de suas funções na empresa, na propriedade rural, e vai ser torto na vida.
resposta ao ANÔNIMO do comentário postado em 5 de Novembro de 2009 09:24: Voce disse:
"Gostaria q alguem fizesse o calculo de quantos dias por ano quem planta soja trabalha e quanto ganha?"
Você não tem conhecimento algum do trabalho dos sojicultores. Voce acha que a única atividade do sojicultor é efetuar o plantio de soja uma vez por ano?Eu desde já TE DESAFIO E TE CONVIDO PARA TRABALHAR UM DIA NA MINHA PROPRIEDADE, eu tenho certeza que voce não vai agüentar 15 minutos..Ainda mais agora, época de colheita do trigo, voce vai ficar "comendo pó" das 10 horas da manhã até as 08 da noite, e não tem insalubridade!!!Mas não te preocupa, comer poeira compensa, voce vai ficar bronzeado!!! AÍ VOCE VAI VER COMO SOMOS PREGUIÇOSOS!!!
RESPOSTA AO ANÔNIMO DE 5 de Novembro de 2009 15:06
Voce não deve ir muito para o interior do município, para fazer um comentário desses.Voce está generalizando, o que não se pode fazer. Voce está falando dos grandes proprietários, que geralmente estão muitos endividados, mas tem uma vida confortável. Se voce falar de agricultores, voce também deve lembrar que a maioria deles, em nosso município, possuem propriedades inferiores a um módulo rural. E nenhuma destas famílias "vive de barriga cheia". São pessoas que não trabalham oito horas por dia, como voce, mas sim, 12 horas por dia, ou seja, quatro a mais que voce, e só há o intervalo para o almoço, que é de 15 minutos, no máximo, e não de uma hora e meia. E ter dinheiro para lazer é um sonho.E não há remuneração fixa, e nem seguro.Se voce não colhe nada, voce não recebe nem o total do valor que voce gastou para efetuar o plantio, ou seja, voce ainda fica devendo!!! E a remuneração pelo trabalho? E o tempo perdido?Se não houvesse, como voce fala, a agricultura de substistência(plantar e produzir o que se come), tenho certeza, que muitas familias passariam por privações alimentares, inclusive, no nosso município.SE tem agricultores que não fazem nada, pode até ser, mas voce está dirigindo uma ofensa a toda a classe!!!
para o das 9:54: talvez o seu raciocínio não seja lá essas coisas, e se fosse necessário irem para o mobral, não poderiam nem estar escrevendo algo uma vez que lá as pessoas são alfabetizadas, se é que tu me entendes,mem todos tem privilégio de ter cursado ao menos o ensino fundamental como deve ser o teu caso, mas nem por isso devem deixar de expor suas idéias.
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