CONTRA PROPAGANDA DE BEBIDA ALCOÓLICA
Olha o que está circulando na mídia a propósito de jogadores famosos fazendo propaganda de cerveja.
O Procurador Fernando Lacerda, do Ministério Público Federal de São José dos Campos(SP), não gostou de ver o atacante Ronaldo, do Corintians, posando com um copo de cerveja na mão, em propaganda na tevê e entrou na justiça. Ele quer que a cervejaria Ambev e a agência de publicidade África, sejam condenadas a pagar indenização por danos morais coletivos devido à peça publicitária. A indústria teria violado o Código de Autorregulamentação Publicitária(CONAR) ao associar o sucesso do jogador ao consumo de bebida alcoólica. Segundo o Movimento Propaganda Sem Bebida Alcoólica, ligado à Universidade Federal de São Paulo e ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo, 10% das doenças e mortes no Brasil estão relacionadas ao consumo de álcool.
5 Comentários:
Para a Abead (Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Drogas), tanto o patrocínio de uma indústria de cerveja como a venda da bebida no ambiente escolar colaboram para o consumo precoce do álcool.
"É escandaloso isso acontecer em um local de formação dessas crianças. Isso leva à banalização do consumo de álcool", afirma a presidente da Abead, Analice Gigliotti.
O psiquiatra João Carlos Dias, diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, tem a mesma opinião: "A escola marcou um gol contra. É um retrocesso de tudo aquilo que a gente não quer que aconteça".
Dias afirma que a presença da indústria de cerveja em uma festa escolar cria um clima de banalização do consumo da bebida. "É o local onde a criança faz as suas redes, tem os seus amigos, onde cria a sua personalidade. E se a indústria de cerveja está lá, é claro que ela [criança] naturaliza o consumo da bebida."
Estado de SP proíbe álcool em festas escolares
22/05/09 - Agência Estado
Lei publicada no Diário Oficial do Estado proíbe consumo de bebidas alcoólicas em festas promovidas pelos colégios, dentro ou fora de suas dependências
Festa junina com quentão e vinho quente nunca mais - pelo menos nas escolas estaduais de São Paulo. Uma lei publicada ontem no Diário Oficial do Estado proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em festas promovidas pelos colégios, dentro ou fora de suas dependências. Mesmo que a comemoração seja marcada fora do período letivo, o consumo de qualquer substância com teor de álcool superior ou igual a uma lata de cerveja não será permitido
Escola no combate ao vício
O ofício enviado às secretarias de Educação é assinado pelo promotor Marcelo Celestino, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Cidadão. "Entendemos que uma forma de a Política de Álcool e Drogas ser mais eficaz seria com o engajamento do Ministério Público", explica. Segundo ele, o MP tem verificado que as primeiras experiências com a bebida têm ocorrido cada vez mais cedo, o que mostra a importância da escola no combate ao vício.
O maior problema, de acordo com Marcelo, está nas festas escolares. Em confraternizações que envolvem a comunidade, é comum a comercialização de bebidas alcoólicas. O promotor esclarece que a proibição da venda de álcool nessas ocasiões contribui para a efetivação da política nacional estabelecida com essa finalidade, além de evitar que a escola seja palco para que crianças e adolescentes entrem em contato com a bebida.
Se um dia eu sentir que o gorducho está me influenciando para a escolha da minha cerveja eu paro de beber na hora.
Eu bebo sim, estou bebendo, quem não bebe esta morrendo, mas eu bebo, sim, deixa quieto assim?
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