A DROGATIZAÇÃO TEM COMO PREVENIR SIM OU NÃO?

Pois olha, ando pensando muito no que as pessoas andam falando por aí. A drogatização de adolescentes e jovens está aumentando numa velocidade surpreendente em Tapera. Já não se fala mais em maconha, cocaína, agora é crack e uma outra droga que está surgindo no mercado, que nem sei o nome, e também nem quero saber, que é mais potente ainda, produzida pela mistura de produtos químicos pesados. É a mais letal de todas!
É claro que a droga não é um problema exclusivo de Tapera, mas andei pensando e cheguei a algumas conclusões ou observações como queiram.
Tapera tinha um programa chamado Menor Aprendiz, que possibilitava que adolescentes até 16 pudessem desenvolver atividades em empresas da cidade, naquilo que poderíamos chamar de extraclasse. Iam à aula num turno e no outro trabalhavam e acabavam aprendendo uma profissão. O programa era monitorado pelo Conselho Comunitário de Assistência Social, que acabou extinto. O CCAST e o próprio menor aprendiz. O CCAST não sei porque, mas o Menor Aprendiz, acabou em razão de uma lei de amparo ao Menor e do Adolescente que entre outras coisas estabelecia e estabelece que menores de 16 anos não podem trabalhar.
Nunca ninguém entendeu a legislação porque liberou o adolescente para a vida e para entrar no mundo das drogas foi um pulinho.
Outra coisa que não deu para entender foi o CCAST ter cessado suas atividades. Ele foi criado justamente para proporcionar que os adolescentes, em frenquentando a instituição no turno inverso ao da sala de aula, pudesse ser preservado e ao mesmo tempo possibilitando em alguns casos, não todos, que trabalhasse e aprendesse alguma profissão.
Muitos profissionais que hoje atuam por aí estão no emprego graças ao Programa Menor Aprendiz. Outros que não tiveram oportunidade em razão do abortamento do programa e da extinção do CCAST estão aí, pra cima e pra baixo, atuando no mundo da drogas e sem perspectiva alguma de futuro.
Está aí uma boa sugestão para a próxima administração que se instala em 1º de janeiro de 2009. Sei da preocupação do Ireneu e do Beto em relação ao tema e aí vai a minha contribuição. A restauração do CCAST para implementar novamente o extraclasse, aliando-se a isso os cursos profissionalizantes cabíveis para preparar esse jovem para o mercado de trabalho.
Acredito piamente que este é o primeiro passo para minimizar o grave problema da drogatização de adolescentes em nossa cidade.
O Conselho Tutelar é o remédio, mas o que mais precisamos é prevenir!Pensem nisso!